A adenomiose consiste na presença de glândulas e/ou estroma endometrial no interior do miométrio.
A sua real prevalência não é conhecida, pois seu diagnóstico de certeza só pode ser feito através do exame anátomo patológico de úteros procedentes de histerectomias ou, menos freqüentemente, de biópsias uterinas, oscilando na literatura em espécimes de histerectomia uma variação de menos de 20% a mais de 60%.
A distribuição de casos de adenomiose é encontrada mais entre a quarta e sexta década, podendo alcançar dos 27 aos 85 anos, segundo dados de diversos autores. A adenomiose parece ser mais comum em multíparas do que nulíparas. È também relatado uma maior freqüência em pacientes com abortamentos provocados, menarca tardia e com partos traumáticos.
A adenomiose pode aparecer de duas formas distintas: focal ou difusa, e estas formas podem coexistir.
Na adenomiose difusa existe a presença de glândulas e/ou estroma, histologicamente como basal endometrial.
Na adenomiose focal (adenomioma) , temos o endométrio envolto por músculo liso, geralmente hipertrofiado, definido como tumor circunscrito.
A adenomiose também pode ser dividida em superficial e profunda Os critérios para essas diferenças não são claros, podendo ser 5 ou 8 mm, tomando em conta a glândula endometrial, a lâmina basal do endométrio ou o estroma.
A adenomiose pode produzir sintomas ou pode ser silenciosa. Em estudo, aproximadamente 35% das pacientes com útero adenomiótico não tinham relatado sintomas. Existe uma correlação entre a freqüência e a intensidade dos sintomas e o grau de extensão da adenomiose. Os aproximadamente 2/3 de pacientes sintomáticas apresentam: menorragia ( 40 a 50%), dismenorréia ( 15 a 30% ), metrorragia ( 10 a 12%) e dispareunia ( 7%).
O diagnóstico é feito por meio de ultra-sonografia, ressonância magnética, biópsia miometrial e endoscopia.
O tratamento definitivo, por ser uma patologia difusa, ainda é a histerectomia total. Na verdade, na maior parte das vezes o diagnóstico é feito após a retirada do útero. O desenvolvimento de técnicas ambulatoriais poderá permitir diagnósticos pós-operatórios que seriam importantes para uma correta terapia.
Uma outra alternativa à cirurgia radical é a ablação endometrial através da videohisteroscopia operatória. Esta técnica poderia ser utilizada em casos com invasão endometrial mínima.
As tentativas com tratamentos clínicos se mostraram até hoje ineficazes. O uso de progestogênioterapia, além de não apresentar resultados duradouros, eleva o nível de dor em algumas pacientes. Os análogos do GnRH, além de seu alto custo, não podem ser utilizados por períodos prolongados em virtude dos seus efeitos colaterais importantes. Em virtude das limitações dos tratamentos conservadores, que não se apresentam com eficácia indiscutível a longo prazo, diante de pacientes com com sintomatologia intensa e exames complementares sugestivos de adenomiose, só restaria o recurso à histerectomia.
A sua real prevalência não é conhecida, pois seu diagnóstico de certeza só pode ser feito através do exame anátomo patológico de úteros procedentes de histerectomias ou, menos freqüentemente, de biópsias uterinas, oscilando na literatura em espécimes de histerectomia uma variação de menos de 20% a mais de 60%.
A distribuição de casos de adenomiose é encontrada mais entre a quarta e sexta década, podendo alcançar dos 27 aos 85 anos, segundo dados de diversos autores. A adenomiose parece ser mais comum em multíparas do que nulíparas. È também relatado uma maior freqüência em pacientes com abortamentos provocados, menarca tardia e com partos traumáticos.
A adenomiose pode aparecer de duas formas distintas: focal ou difusa, e estas formas podem coexistir.
Na adenomiose difusa existe a presença de glândulas e/ou estroma, histologicamente como basal endometrial.
Na adenomiose focal (adenomioma) , temos o endométrio envolto por músculo liso, geralmente hipertrofiado, definido como tumor circunscrito.
A adenomiose também pode ser dividida em superficial e profunda Os critérios para essas diferenças não são claros, podendo ser 5 ou 8 mm, tomando em conta a glândula endometrial, a lâmina basal do endométrio ou o estroma.
A adenomiose pode produzir sintomas ou pode ser silenciosa. Em estudo, aproximadamente 35% das pacientes com útero adenomiótico não tinham relatado sintomas. Existe uma correlação entre a freqüência e a intensidade dos sintomas e o grau de extensão da adenomiose. Os aproximadamente 2/3 de pacientes sintomáticas apresentam: menorragia ( 40 a 50%), dismenorréia ( 15 a 30% ), metrorragia ( 10 a 12%) e dispareunia ( 7%).
O diagnóstico é feito por meio de ultra-sonografia, ressonância magnética, biópsia miometrial e endoscopia.
O tratamento definitivo, por ser uma patologia difusa, ainda é a histerectomia total. Na verdade, na maior parte das vezes o diagnóstico é feito após a retirada do útero. O desenvolvimento de técnicas ambulatoriais poderá permitir diagnósticos pós-operatórios que seriam importantes para uma correta terapia.
Uma outra alternativa à cirurgia radical é a ablação endometrial através da videohisteroscopia operatória. Esta técnica poderia ser utilizada em casos com invasão endometrial mínima.
As tentativas com tratamentos clínicos se mostraram até hoje ineficazes. O uso de progestogênioterapia, além de não apresentar resultados duradouros, eleva o nível de dor em algumas pacientes. Os análogos do GnRH, além de seu alto custo, não podem ser utilizados por períodos prolongados em virtude dos seus efeitos colaterais importantes. Em virtude das limitações dos tratamentos conservadores, que não se apresentam com eficácia indiscutível a longo prazo, diante de pacientes com com sintomatologia intensa e exames complementares sugestivos de adenomiose, só restaria o recurso à histerectomia.
Fonte: http://www.endoscopiaemginecologia.com.br/consenso/laparoscopia/textos/afeccoes_utero/adenomiose.htm
Postado por: Nara Juliana (Biomedicina 348-6)
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